terça-feira, 28 de julho de 2009

Idéias Fundamentais sobre as características desejáveis a um bom Professor no contexto atual relacionando-as com a prática de Artes.

Lendo e analisando vários dos autores aqui citados selecionei seis características fundamentais de um bom Professor.

1. Pensar a Prática Pedagógica:
“Educar é acreditar nas possibilidades, é ter consciência de que mudar é difícil, mas possível!”(FREIRE,2000,p.94)
O professor deve ser crítico e reflexivo, se envolvendo em um processo de autoformação (formação continuada) constante. Deve pensar sobre a sua prática e sobre sua ação de forma analítica, repensando o seu fazer docente.

2. Trabalhar com o conteúdo contextualizado:
O professor precisa saber explorar o interesse dos alunos, favorecendo a apropriação ativa dos conhecimentos. Perrenoud afirma que esta tarefa exige que o professor se coloque no lugar do aluno e procure evitar uma simples transferência de conhecimento [...]
O professor precisa fazer um diagnóstico da sua turma e propor uma pedagogia onde os conteúdos estabeleçam uma relação direta e critica com as experiências dos alunos e como propôs Paulo Freire (1975) uma escola que trabalhe os saberes que o aluno traz e cujo professor seja um animador, não um transmissor de conhecimentos.

3. Planejar seu trabalho:
Planejamento: determinação de um conjunto de procedimentos, de ações visando à realização de um determinado projeto. (SCHEIBEL E MAIA, 2006, p. 71)
O professor deve planejar sua ação, ter claro os objetivos e o ideal que deseja alcançar. É um compromisso que assume como educador, para o desenvolvimento de um trabalho consciente assegurando a realização de um processo de ensino de qualidade.
LIBÂNEO (2004) define o planejamento como um processo de racionalização, organização e coordenação da prática docente, articulando a ação escolar e o contexto social.

4. Trabalhar com a Interdisciplinaridade:
O professor precisa buscar interação nos diferentes campos do saber, gerando métodos globalizantes de ensino e que segundo ZABALA (2002) deve renunciar as particularidades e buscar em comum a restauração dos significados humanos do conhecimento.
O trabalho em equipe gera interesse mutuo em aprender, desperta o trabalho em equipe e faz com que o conteúdo se torne significativos para os alunos.

5. Construção da Autonomia:
O professor precisa estar preparado para desenvolver a autonomia de seus alunos. Autonomia significa capacidade de escolha. Saber escolher e tomar decisões requer do aluno conhecimentos e atitudes reflexivas e para que isso ocorra precisa comparar informações, articular e optar a partir de valores.
Para que isso ocorra o professor deve organizar o acesso dos alunos ao saber, formando cidadãos conscientes de seus direitos e deveres. É preciso que o aluno Segundo Sousa seja capas de conhecer-se e compreender a si mesmo, às demais pessoas, à sociedade e ao mundo em que vive, capacitando o indivíduo para exercer responsável e criticamente a autonomia, a cooperação, a criatividade e a liberdade [...] (SOUSA, 2002, p.55)

6. Desenvolver as habilidades e competências:
O professor deve analisar as capacidades e necessidades dos alunos no meio social que habitam, facilitando o “surgimento” das competências e orientando os alunos no desenvolvimento das suas habilidades, conforme suas capacidades e interesses.

Essas características definem claramente o Trabalho e o bom professor de Artes, pois esse busca ser critico e reflexivo no seu fazer pedagógico e desenvolve a análise constante em tudo o que faz. Busca no desenvolver de sua disciplina a ligação com todas as áreas do conhecimento, mantendo a relação com o mundo e a sociedade histórica e sócio cultural que está inserido. Usa técnicas e maneiras diferentes de ver o mundo trabalhando com o real, despertando no aluno o interesse, a criatividade e com isso a autonomia de interagir e mudar o que o rodeia.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Reflexão sobre Portfólio

Portfólio
Ampliar a dimensão e o significado da interação docente implica repensar os sistemas organizativos e simbólicos do ensino e criar e colocar em prática ambientes diversificados de aprendizagem [....]. Um ambiente centrados nos alunos e sua capacidade de aprender, que valoriza a informação disponível no processo de conhecimentos por partes dos alunos e professores, que entende a avaliação como expressão do aprendido e que é capaz de apreciar a troca com a comunidade.”
SANCHO, Juana Mª; HERNÁNDEZ , Fernando – Tecnologias para transformar a educação. POA: Artemed,2006, pag. 33

O que define, do ponto de vista de um educador, a palavra portfólio? Talvez, muitos de nós já paramos e o definimos como um acúmulo de trabalhos, mas a reflexão que aqui se faz vai além de simplesmente acumular o que foi aprendido ou até mesmo arquivar o que nos foi passado no dia a dia.
Lendo e refletindo chego à conclusão que o trabalho com o Portfólio é definido em nossas vidas com um grande conhecimento, não simplesmente acumulado ou arquivado, mas sim um conhecimento transformado e cheio de reflexões, experiências e vivências.
Esta ferramenta sem dúvida estimula a busca, a iniciativa e a criatividade, pois o aluno/professor organiza de uma forma pessoal seus conhecimentos, idéias, pensamentos, podendo até se dizer uma forma legitimada do que realmente se aprendeu/ensinou.
Uma nova experiência educativa de distintas áreas, onde os alunos participam do processo, criando e organizando seu conhecimento e segundo o artigo 206, inciso II, da Constituição de 1988 “o ensino será ministrado com base nos princípios de liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber”.
Acredito que a educação só terá sentido quando professores estiverem abertos as novas formas de ensinar. Buscar ampliar seus conhecimentos, valorizar a aprendizagem e a forma de avaliar, voltada para as habilidades e competências e acima de tudo se valer as novas tecnologias para ajudar na formação de seres humanos mais autônomos e seguros de seus conhecimentos.